sábado, 29 de agosto de 2015

Capítulo 44 (Lorena)

Quando acordei, ainda me sentia um pouco zonza. Olhando ao meu redor, constatei que estava em um quarto de hospital, ao lado, vi Luan sentando em uma poltrona, com sua cabeça encostada na beirada da minha cama, ele parecia estar em uma posição completamente desconfortável. Ainda me sentindo um pouco fraca, estendi minha mão e toquei seus cabelos, os acariciando cuidadosamente, segundos depois, ele acordou:
-Oie -Murmurei em um sorriso 
-Oi Lo -Ele se endireitou na poltrona, levantando os braços para se espreguiçar. O observando, percebi que ele parecia mais cansado e exausto do que o normal, além de parecer muito triste- Como se sente meu amor? -Ele disse, beijando minha mão


-Bem, mas você por outro lado... -Toquei seu rosto 
-Estou bem, só fiquei preocupado com você
-O que aconteceu comigo? Só me lembro de estarmos em nossa casa, sentados a beira da piscina, das dores fortes e, depois disso, não me lembro de mais nada
-Você desmaiou Lorena, te trouxemos aqui para o hospital e graças a Deus, você parece estar muito melhor agora -Ele me lançou um sorriso fraco
-Eu desmaiei por causa do tumor? -Perguntei e percebi que Luan ficou bastante inquieto. Quando ele ia me responder, Susi entrou no quarto:
-Filha! Você acordou! -Ela passou por Luan, vindo até mim e me abraçando com força- Está se sentindo bem?
-Sim, estou
-Eu vou procurar o Henrique -Luan disse cabisbaixo- Ele disse que queria te ver quando acordasse -Ele se levantou de sua poltrona, mas antes que fosse, segurei sua mão
-Você deveria ir para casa, descansar, eu já estou bem
-Não se preocupe comigo -Ele disse se abaixando e dando um beijo rápido na minha testa- Eu já volto -Ele disse, saindo do quarto no segundo seguinte
-O que aconteceu? -Encarei Susi
-Você se sentiu mal e nós...
-Não! Estou perguntando o que aconteceu com você e o Luan, você simplesmente o ignorou quando entrou no quarto
-Não está acontecendo nada, nós nos vimos á noite inteira, só estava ansiosa para te ver
-Não minta Susi! Eu conheço o Luan e, percebi que ele ficou incomodado com a sua presença. Vocês brigaram?
-Vamos falar disso depois, está bem? O mais importante agora é sua saúde -Pensei em retrucá-la, mas ela tinha razão, assim que saísse dali eu iria tirar aquela história a limpo. Ficamos em silêncio por alguns instantes e, pouco tempo depois, Luan retornou ao quarto com Henrique:
-Bom dia! Como vai minha paciente preferida? -Henrique se aproximou beijando minha face
-Olá Henrique! Estou bem, há! desculpe por estragar seu dia de folga
-Não tem que se desculpar -Ele piscou para mim
-O que aconteceu comigo? Acho que foi algo sério, porque nenhum destes dois quer me dizer -Olhei de relance para Luan e Susi, que mantinham certa distância um do outro- E você não vai mentir para mim, vai?
-Não, não vou -Henrique disse calmo
-Então me diga, o que aconteceu comigo ontem, foi por causa do meu tumor?
-Henrique, por favor... -Susi o encarou, como se pedisse que ele ocultasse alguma coisa de mim
-Já falamos sobre isso Susi! É um direito da Lorena saber
-Saber o quê? -Olhava para todos sem intender e o silêncio de Luan, me deixava completamente apavorada
-Lorena, a maioria das pacientes que fazem quimioterapia, encontram uma certa dificuldade em ovular, mas no seu caso, tudo continuou normal...
-Eu não entendo...
-O que estou querendo dizer, é que apesar da sua doença, você continuou fértil, permitindo que um de seus óvulos fosse fecundado, o que é muito raro de acontecer, em casos extremos como o seu
-Você está querendo dizer que eu... -O olhei completamente em pânico
-Sim, você está grávida Lorena
-Gra... grávida? -Sussurrei, sentindo as lágrimas rolarem por meu rosto
-Filha, você não precisa passar por isso, nós temos outra opção... -Susi falava rápido, como uma louca
-Susi, essa não é a hora certa pra dizer isso -Henrique tentava fazer com que ela parasse
-Lorena, me escute, você não precisa ter essa criança...
-Pare! -Gritei, irritada com tudo aquilo- Eu quero que vocês dois saiam e me deixem a sós com o Luan, por favor
-Filha... -Susi me chamou, mas eu a ignorei, deixando que Henrique a arrasta-se para fora do quarto. Quando os dois se foram, Luan deu alguns passos em direção a mim, se sentando na poltrona e agarrando minha mão com força, a beijando:
-Você sabia disso Lu? -Perguntei
-Sim -Ele respondeu fraco
-Como isso foi acontecer? -Comecei a chorar- Eu estou doente, não tenho a menor capacidade para ter um filho agora -Dizia entre soluços
-Ei, vai ficar tudo bem -Vi os olhos de Luan se enxerem de lágrimas- A culpa foi toda minha, eu deveria ter tomado mais cuidado -Ele dizia completamente destruído
-O que a Susi quis dizer, quando disse que tudo isso podia ser resolvido? -Perguntei o encarando, mas Luan não parecia ter forças para me responder- Por favor, me diz Luan
-Você não pode fazer a cirurgia se estiver grávida -As lágrimas rolavam pelo rosto de Luan, enquanto ele tentava me explicar minha real situação- Após a operação, você vai ter de tomar remédios fortes, que podem afetar o feto, causando inúmeros problemas. Susi quer que você faça um aborto...
-Um aborto? Não, isso não, deve haver alguma outra opção
-Esse é o problema Lorena, não há! -Luan dizia descontrolado- É da sua vida que estamos falando, se você não abortar essa criança, você vai ficar mais doente e... eu não quero te perder!
-Está me dizendo que você quer que eu aborte nosso filho? -O olhei completamente admirada, eu não reconhecia o Luan que estava na minha frente
-Eu não quero te perder, só isso
-Você não respondeu minha pergunta, você é a favor de que eu faça o aborto?
-Entre você e essa criança, eu escolho você Lorena. Depois da cirurgia, suas chances de cura vão ser maiores e, nós vamos poder termos quantos filhos quisermos, vamos poder ter nossa família
-Como você pode ter tanta certeza de que eu vou me curar? Luan, essa cirurgia é um tiro no escuro
-Eu prefiro arriscar do que perder você
-Ei -Toquei seu rosto- Eu sei que você quer que eu me cure, mas, talvez isto que esta acontecendo conosco, o fato de eu estar grávida, seja uma benção! Eu te amo e, quero muito poder me curar para passar o resto dos meus dias com você, mas agora, existe alguém, que eu julgo mais importante do que a mim mesma, que é esse bebê, que está aqui dentro de mim -Peguei a mão de Luan, a colocando sobre o meu ventre. Fiquei observando enquanto suas lágrimas caiam no colchão e a forma que sua respiração ficou desregular, enquanto ele olhava fixamente para minha barriga, suas mãos tremiam e eu sabia que tudo aquilo, trazia a tona, lembranças que ele preferia poder esquecer:
-Eu sei que a Susi te disse algo, eu te conheço Luan, sei que você tentaria encontrar outra maneira de fazer as coisas acontecerem, sem que tivesse que interromper uma vida, eu sei como você ficou quando a Jade fez isso -Ele baixou a cabeça, olhando para mim logo em seguida- Se o Henrique me disser que esse bebê tem chances de nascer com vida, saudável e em condições normais, não me importa qual é a opinião da Susi, nem de ninguém, eu quero ter esse bebê Luan
-Você tem certeza?
-Eu tenho
-Mas Lorena...
-É minha escolha Luan, se trata da vida do nosso filho -Luan me encarou, acariciando meu rosto
-Então saiba que eu te apoio totalmente, nós vamos passar por isso juntos
-Obrigada -Sorri, enquanto ele me beijava ternamente nos lábios. Mas tarde, naquele mesmo dia, depois de falar com Henrique, ele me garantiu que a criança tinha todas as chances de nascer saudável e normal, como qualquer outra, disse também, que ao optar pela gravidez, eu não poderia fazer a cirurgia e que a minha doença poderia se agravar, chegando ao ponto de se tornar um quadro irreversível. Eu não me importava. Mesmo que eu fizesse essa cirurgia, as chances de cura para mim eram minimas e se tudo desse errado, eu não conseguiria suportar o fato de ter tirado a vida de um filho meu. Além disso, eu devia isso a Luan, ele não merecia passar por essa situação de novo e, se tudo desse certo, mesmo que eu morresse, Luan teria um outro alguém a quem amar e cuidar, um laço eterno, entre pai e filho. Viver, não era mais uma opção.






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RECADINHO
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Boa tarde negas! Capítulo postadinho aqui pra vcs! E ai, gostaram??? Triste, eu sei, mas como a maioria de vcs disseram, a Lo acabou optando pela vida do filho (a) do que a dela. Lógico que o Luan respeita a opinião dela e vai nessa com ela até o fim, mas e a Susi? Será que vai deixar a filha arriscar a própria vida? E a família dos dois? O que eles vão achar de tudo isso??? Comentem muiiitão que semana que vem tem mais!!! Bjsss, Nati ;)

PRÓXIMO CAPÍTULO: TERÇA-FEIRA (01/09)

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Capítulo 43 (Luan)

Estava na sala de espera com meus pai, Bruna, os avós e a mãe de Lorena. Assim que ela desmaiou, a trouxemos o mais rápido que conseguimos para o hospital e desde então, estávamos esperando ela fazer alguns exames, para sabermos o que havia acontecido:
-Eu não entendo, ela estava bem -Susi se lamentava
-Calma querida, ela vai ficar bem -Dona Ester tentou consolá-la
-Eu disse a ela que não deveria viajar para tão longe! Deve ter sido o cansaço, eu não sei... -Ela argumentava. Percebi o quanto Susi estava preocupada, no instante em que ela olhou para mim- Como aconteceu, Luan?
-Eu não sei -Respirei fundo, tentando assimilar tudo o que havia acontecido- Estávamos conversando, estava tudo bem e de repente, ela simplesmente começou a passar mal e depois desmaiou
-Mas ela não sentiu nada antes? Quer dizer, na viajem? -Susi me encarava desesperada por respostas
-Filha! -O pai de Susi, senhor Olavo, repreendeu a filha- O Luan está tão preocupado quanto nós! Ele também não sabe o que aconteceu!
-Tudo bem -Disse- Eu só preciso respirar um pouco -Disse me levantando e saindo de perto deles, começando a andar pelos corredores do hospital. Eu só pensava na Lorena e no que poderia estar acontecendo com ela. Como também não conseguia aceitar que ela tinha uma doença grave. Para mim, nada disso importava ou fazia sentido, até o instante em que ela passou mal, mais cedo. 
Depois de passar no banheiro e lavar o rosto, retornei para a sala de espera, onde encontrei Henrique, que havia deixado de lado sua folga e que agora se encontrava vestido em um jaleco branco:
-Henrique, tem notícias da Lorena? -Disse me aproximando
-Sim, os exames já ficaram prontos -Ela disse e neste instante, percebi que a sua cara não estava nada boa
-O que aconteceu? O que ela tem? -Supliquei, já não aguentando toda aquela agonia
-Eu gostaria de falar sobre isso com você em particular, será que podemos?
-Claro
-Vamos até a minha sala então
-Esperem! Eu vou com vocês! -Susi disse se levantando e vindo se juntar a nós
-Susi, eu sei que você está preocupada, mas é que eu queria muito falar com o Luan -Henrique tentou fazê-la mudar de ideia
-É da minha filha que estamos falando! Por que será que eu não posso saber o que está acontecendo com ela?
-Susi, acho que é melhor você ficar aqui, conosco -Bruna também tentou fazer com que ela ficasse
-Não, eu vou! Seja o que for, eu aguento! E vocês não vão conseguir fazer com que eu mude de ideia -Ela disse, certa de que queria fazer aquilo. Henrique me olhou e com a cabeça, eu garanti que estava tudo bem. Ele nos levou até a sua sala e depois de nos sentarmos, ele começou:
-Como vocês já sabem, o caso da Lorena é delicado, e o que aconteceu hoje, foi algo totalmente natural, ela teve uma alteração na pressão, o que provocou as dores de cabeça, felizmente, segundo os exames, ela já estaria pronta para fazer a cirurgia, mas...
-Mas o que Henrique? Se está tudo certo, porque vocês não fazem logo essa cirurgia? -Susi perguntava nervosa
-Porque, existe um motivo maior que nos impede de fazer isso, quer dizer, sem o consentimento dela
-Consentimento? -Perguntei, desta vez que não havia intendido tinha sido eu. Vi que Henrique se recostou em sua cadeira, parecia pensar na melhor maneira de nos dizer algo
-O que estou querendo dizer -Ele dizia com cautela- É que a Lorena, ela está grávida
-Grávida? -Susi o encarou completamente surpresa. Senti meu coração bater mais forte, enquanto tentava digerir o significado daquela palavra
-Sim, é o que os exames apontam, por essa razão ainda não fizemos a cirurgia. Após a operação, a Lorena vai ter de ingerir remédios fortes e talvez até continuar com a quimio, o que pode afetar o feto, causando deformações e talvez até um aborto espontâneo
-É a vida da minha filha que está em jogo, vocês não tem o que pensar! -Susi dizia completamente alterada, enquanto eu, não sabia o que pensar, estava completamente confuso e perdido e a única palavra que vinha a minha mente era gravidez
-Sabemos disso, mas, nestes casos, quem decide o que vai acontecer é a mãe da criança, seria contra nossa ética fazer algo sem o consentimento dela
-Isso é uma piada! -Susi gritava- Deveríamos aproveitar o fato de que esta criança está sendo gerada agora e acabar de uma vez por todas com tudo isso! A Lorena não precisa nem saber 
-Eu sinto muito, Susi -Henrique disse, colocando um ponto final naquela discussão. Susi se levantou bufando da cadeira e saiu da sala- Sinto muito também, Luan -Ele disse me olhando
-Grávida? -Murmurei aquelas palavras, com uma certa estranheza, não esperava dize-las tão rápido- De quanto tempo? -Levantei meu olhar para ele
-Não sabemos ao certo, mas acho que se trata de algumas semanas 
-Isso não podia ter acontecido -Me lamentei
-Mas aconteceu -Henrique disse, se debruçando sobre a mesa para poder me olhar melhor- Você e a Lorena se amam, Luan, sei que vão encontrar uma maneira de resolver isso 
-Onde ela está? -Pedi- Eu preciso muito vê-la 
-Está em um dos quartos descansando, ela está sedada, por causa das dores de cabeça, mas fale com a enfermeira, ela vai te levar até ela
-Obrigado 
-Não foi nada -Ele se levantou- Acredito que vá querer ficar um pouco sozinho, fique aqui o tempo que precisar -Ele colocou sua mão sobre meu ombro, a tirou após alguns segundos e saiu da sala. Sentado ali, sozinho, eu tive a real noção do quanto aquilo era grave e poderia trazer consequências a Lorena. Estava tão integre aos meus pensamentos, que nem percebi quando Susi adentrou novamente a sala. Quando me virei para olhá-la, seus olhos estavam vermelhos e lágrimas corriam por eles sem parar:
-Satisfeito? -Ela me olhou completamente revoltada
-Susi, eu...
-Nem por um instante sequer, você pensou que isso poderia acontecer? -Ela dizia em fúria- Ou você pensou que somente pelo fato de ela estar doente e em fase de tratamento, ela não poderia engravidar? -Me mantive em silêncio, não havia muito o que dizer- Que tipo de homem é você? -Ela dizia completamente descontrolada, me levantei, pedindo a ela que se sentasse no meu lugar, ela precisava se acalmar:
-Não, eu não quero me acalmar! -Ela gritou, quando eu tentei segurá-la, partindo para cima de mim, distribuindo vários tapas em direção ao meu tórax- Você me prometeu que cuidaria dela! -Ela gritava entre soluços- E agora, por sua culpa, minha filha corre o risco de morrer! -Ela continuava a me agredir, com as únicas forças que lhe restavam. Não tentei impedi-la, ninguém me odiava, mas do que a mim mesmo naquele momento. Quando ela finalmente se deu por vencida, deu um passo para trás, me olhando bem nos olhos- Se acontecer alguma coisa com ela, quero que se lembre que a culpa foi sua e eu prometo te lembrar sempre disso -Ela me olhou uma última vez nos olhos, o desprezo evidente em seu rosto e depois, saiu da sala, sem olhar para trás. Sai pelo corredor, e assim que encontrei uma enfermeira, pedi que ela me levasse ao quarto em que estava Lorena.
Fiquei completamente em choque quando me deparei com a minha princesa ali, deitada naquela cama, completamente imóvel, por causa dos efeitos dos sedativos. Me aproximei da cama e acariciei seu rosto, sentindo as lágrimas saltitarem dos meus olhos. Me sentei em uma cadeira ao lado de sua cama e apanhei sua mão, sentindo uma dor horrível me invadir por completo:
-Eu sinto muito amor -Dizia chorando- Eu juro que não queria que isso acontecesse com você. Eu sei que disse em inúmeras ocasiões o quanto queria ter filhos com você e olha só que ironia, você está grávida meu amor, um filho nosso, mas -Soluçava- um filho que não vamos poder ter, porque, por mais que me doa, por mais que seja difícil, eu prefiro abrir mão dele, do que abrir mão de você. Eu te amo demais Lorena e depois que você se curar, vamos poder ter mais filhos e finalmente construir nossa família -As palavras me doíam mais do que um soco. Estendi minha mão e toquei a barriga de Lorena, me permiti sorrir por alguns instantes, ao pensar que ali havia uma vida, que havia sido criada por nós dois, mas com a mesma velocidade com que esse pensamento veio, ele se desfez. Me aproximei mais da cama e com muito cuidado, deitei minha cabeça sobre sua barriga- Eu sinto muito -Chorava- Mas você entende que precisamos salvar a mamãe, não entende? Eu não posso deixar ela ir, eu não posso...








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RECADINHO
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Tarde negas! Era pra esse capítulo sair amanhã né? mas como já está prontinho resolvi postar ele hoje mesmo! kkkkkk OMG! A LO ESTÁ GRÁVIDA! Por um lado, isso é muito bom, mas para fazer a cirurgia a Lorena não poderia estar grávida, já que os medicamentos podem ferir a criança, o que será que eles vão resolver? Será que vão tirar o filho dela a força, sem ela saber? E quando ela acordar, o que vai achar de tudo isso? E a Susi, certo que ela quer o bem da filha, mas será que ela não foi muito grossa com o Lu? Comenteeeeeeeem que no fim da semana eu apareço com outro capítulo!

PRÓXIMO CAPÍTULO: SÁBADO (29/08)

sábado, 22 de agosto de 2015

Capítulo 42 (Lorena)

Infelizmente minha lua de mel com Luan havia chegado ao fim. Os dias que passamos juntos foram maravilhosos, nada poderia ter saído mais perfeito. Depois de alguns dias em Amsterdã, pegamos um voo para São Paulo na parte da noite, o que era bom, já que poderíamos ir dormindo e descansar.
Apesar de estar me sentindo mais viva do que nunca, estando casada com Luan e vivendo um momento tão importante da minha vida ao lado dele, admito que ultimamente eu andava mais cansada do que nunca. As dores haviam aumentado e a minha disposição era zero, mas claro, não comentei nada disso com Luan, nem com ninguém da nossa família, ão queria preocupá-los mais, além disso, eu só sabia que tinha chances de tudo isso melhorar e de me curar, se tudo corresse bem na cirurgia, que tudo indicava que seria nos próximos dias.
Assim que embarcamos, lembro que cai no sono gradativamente, tão rápido quanto se apaga uma vela. Quando acordei, ainda estava sentada na poltrona e Luan dormia calmamente na poltrona ao meu lado, me mexi, sentindo um pouco de enjoo:
-Lo? Tudo bem? -Luan murmurou para mim, parecia cansado
-Tudo amor, só um pouco enjoada
-Vai ficar tudo bem, vem cá -Ele encostou minha cabeça em seu peito e não demorou muito para que eu adormecesse novamente.
Chegamos a São Paulo na parte da tarde. Assim que desembarcamos, dezenas de fãs do Luan vieram nos receber. Elas nos abraçavam e perguntavam como eu estava, enquanto eu garantia que estava bem. As fãs do Luan eram umas fofas! Sempre carinhosas e atenciosas comigo, era surreal pensar no fato de que tantas pessoas se preocupavam e gostavam de nós dois. Tiramos algumas fotos e depois de atender todas, chamamos um táxi, para nos levar até a casa dos pais do Luan, todos já estavam reunidos lá, apenas esperando por nós dois.
Pouco mais de uma hora depois chegamos, Luan tirou nossas bagagens do porta malas do carro e depois de tocar a campainha, Bruna veio correndo nos receber!
-Luan! Lorena! Que saudades que eu estava de vocês! -Elas nos abraçou com força
-Também estávamos com saudades Piroca -Luan beijou o rosto dela
-Garanto que nem se lembraram de mim, enquanto velejavam pelos canais de Veneza -Ela sorriu
-É ai que você se engana, trouxemos várias lembrancinhas -Disse sorrindo
-Ai, depois quero ver! Agora vamos entrar que estão todos esperando por vocês! -Assim que adentramos a sala, os pais de Luan vieram nos receber, logo em seguida vieram meus avós e Susi, Henrique e Manuela também estava lá:
-Manu! -A abracei com força- O que você está fazendo aqui?
-Ué, deu saudades sabe, já faz alguns dias desde o casamento e eu queria muito te ver -Ela se aproximou mais de mim, sussurrando- E claro, também quero saber todos os detalhes da sua lua de mel -Ela riu
-Você não muda nunca! -Disse olhando para ela
-E ai, vocês se divertiram muito? -Minha avó, Ester, perguntou, nos olhando atenciosamente
-Claro! Foi incrível -Luan disse segurando minha mão, me olhando com um sorriso enorme nos lábios
-Vocês parecem abatidos, querem comer alguma coisa? Fiz aquela torta de chocolate que vocês dois adoram! -Dona Marizete se manifestou- Quer que eu coloque um pouco para você, Lorena?
-Não dona Marizete, mas eu estou me sentindo um pouco enjoada, deve ter sido a viajem
-Tudo bem, vou guardar para você então
-Você não quer ir para casa descasar filha? -Susi perguntou me encarando
-Não Susi, tudo bem, eu quero ficar, estava com muitas saudades de todos
-Mas, você parece casada, tem que se recuperar
-Eu já disse, eu quero ficar -Como ela conseguia ser tão insistente? Desde que contei sobre minha doença, todos continuavam os mesmos comigo, mas Susi havia mudado, era como se ela pensasse que tinha que me manter confortável e tals, isso era ridículo. Ficamos ali durante horas, como já disse, a família de Luan era um amor e era impossível estar com eles e não morrer de rir. Senhor Amarildo já estava providenciando um churrasco e disse que ninguém iria embora dali sem comer, o que queria dizer que só iriamos sair dali tarde da noite.
Por alguns instantes, me peguei em silêncio, observando todos conversarem e rir e me perguntei se eu viveria tudo aquilo para sempre:
-Amor? -Luan me chamou, me tirando dos meus pensamentos
-Hum? -O olhei distraída
-Está cansada?
-Hum pouco, porquê?
-Eu queria te levar a um lugar
-Claro! Vamos então
-Tem certeza?
-Tenho sim, onde vamos?
-É surpresa, vem comigo -Ele se levantou, pegando em minha mão e me ajudando a levantar também
-Onde vocês vão? -Susi perguntou séria
-Vamos sair, não se preocupe, voltamos logo! -Gritei, enquanto Luan pegava as chaves do carro e saíamos dali. Depois de tirar o carro da garagem, Luan andou comigo por alguns quarteirões, até pararmos em frente a uma bela casa:


Ia perguntar se ele conhecia a pessoa que morava ali, mas depois de alguns segundos, tudo começou a fazer sentido:
-Lu, essa casa não é a que você... -A olhei completamente surpresa
-Sim, é a que eu andei olhando, mas antes de fechar negócio, eu queria saber o que você acha, já que são vocês mulheres que mandam nessa parte -Ele disse rindo
-Podemos entrar?
-Claro! As chaves estão comigo -Ele disse pegando as chaves no porta-luvas do carro- Vamos?
-Claro! Estou ansiosa! -Depois de descermos do carro, Luan abriu a porta e eu fiquei encantada com o interior da casa, que já era todo mobiliada. Vimos todos os cômodos e devo admitir que a decoração era linda:

(Sala de estar)

(Sala de jantar)

(Cozinha)

(Quarto de hospedes 1)

(Quarto de hospedes 2)

(Quarto do casal)

(Closet)

(Banheiro 1)

(Banheiro 2 - Quarto do casal)

-E ai, o que está achando até agora? -Luan me olhou atentamente, enquanto analisávamos todos os cômodos juntos
-É incrível! Essa casa é linda!
-Do que mais você gostou?
-Não tem como escolher, eu amei tudo o que vi até agora! 
-Eu gostei mais do quarto de casal, não sei bem o porquê -Luan me olhou safado
-Toma jeito Luan! -Sorri para ele, me aproximando de uma porta ao lado do nosso quarto, ainda não havíamos abrido ela- O que tem aqui? -Perguntei
-Eu não, abra -Assenti com a cabeça e a abri, me deparando com um quartinho pequeno em relação aos outros, este não tinha móveis nem decoração e suas paredes eram totalmente brancas
-É um quartinho de bebê, não é? -Olhei para Luan
-Acho que sim -Ele riu
-O que foi? -O olhei sem intender
-Nada -Ele balançou a cabeça- É que eu me peguei imaginando esse quarto com as paredes rosas, um berço no centro e um bebê dentro
-Por que rosa? Poderiam ser muito bem azuis -Fiz bico para ele
-Não sei, eu queria muito ter uma filhinha, sabe? As garotinhas são carinhosas, amáveis, delicadas... Eu queria ter uma garotinha pra poder proteger e cuidar
-Você é um fofo! -Beijei a bochecha de Luan
-Mas é claro que se eu tiver um filho, vou ensinar para ele todos os truques para se conquistar uma mulher -Ele sorriu- Mais ou menos assim -Luan me agarrou pela cintura, roçando seus lábios nos meus lentamente, enquanto sua língua invadia minha boca sem pressa alguma, me beijando de um jeito completamente embriagador- Viu? -Ele murmurou, encostando sua testa na minha- É assim que se faz pra uma mulher ficar caidinha de amor -Ele riu, olhando para meus lábios
-Você é um idiota! -Sorri, levando minhas mãos para sua nuca e acariciando seus cabelos, enquanto ele se aproximava para me beijar novamente. No instante em que seus lábios se aproximaram dos meus, eu me afastei- E é assim que você faz para mostrar a um homem, que somos nós mulheres, que os deixamos caidinhos -Pisquei para ele, saindo daquele quartinho
-Jogo sujo Lorena! -Ele bufou, vindo atrás de mim- Você me seduziu ali! -Ele contestava 
-Dói provar do próprio veneno? Não dói? -Sorri, abrindo uma grande porta, que dava exatamente para o jardim:


-Foi o que eu mais gostei aqui -Luan se aproximou, me abraçando por trás- Já pensou nossos filhos brincando aqui? A família toda reunida nos fins de semana...
-Parece um sonho -Murmurei, tentando imaginar tudo aquilo 
-Vem comigo -Luan me pegou pela mão, me levando até a beira da piscina, tirou seus sapatos e me olhando, entendi que queria que eu fizesse o mesmo. Com os pés descalços, no setamos na beira da piscina, com os pés dentro da água, enquanto Luan me abraçava forte ao seu corpo, seu queixo apoiado em minha cabeça:
-Você foi a melhor coisa que já me aconteceu -Ele murmurou de repente
-Por que isso agora? -Levantei meu olhar para ele
-Eu não sei, me deu vontade de dizer 
-Se serve de consolo, você também foi a melhor coisa que já me aconteceu, Luan -Sorri- Se lembra do dia em que nos conhecemos?
-Você esbarrou em mim, enquanto procurava por banheiros -Ele gargalhou
-É, mas você fez o show todo me olhando, garanto que estava me secando
-Eu não estava te secando! No mínimo estava te imaginando na minha cama
-Você é doente! -Sorri
-Vamos falar sério, sabe o que eu pensei quando te vi pela primeira vez?
-Não, o que?
-Em como poderia existir uma mulher tão bela e, quando eu te chamei pra ser donzela, que você se deitou no meu colo e nossos olhares se encontraram, eu tive a sensação de que você iria fazer parte da minha vida para sempre, pode me chamar de louco, mas naquele momento eu fiquei caidinho por uma completa estranha
-Que agora é sua mulher! -Acrescentei, lhe dando um selinho
-Isso -Ele sorriu- Aquela estranha se tornou minha mulher
-Me lembro também que depois do show o Ian tentou me agarrar a força e você apareceu lá, todo másculo, me defendendo
-Você tinha que me lembrar dessa parte?
-Sabe, tive medo de que vocês dois brigassem, pois sabia que com esses brações fortes, você acabaria com ele em um soco -Ri
-Sério mesmo? 
-Luan, eu me casei com você por causa dos seus braços, são melhores do que um travesseiro -Brinquei
-Pensei que você gostasse do meu junior também
-Junior? 
-É,o meu amiguinho ué!
-Credo Lu! Você não é normal! Tipo, quem dá nome a esse lugar?
-Na boa Lo, se você não gosta do Junior, tem milhões de pessoas que são loucas pra conhecer ele
-Como eu me casei com alguém como você? -O encarei- Já parou pra pensar que não temos nada em comum? 
-Claro que temos! Nosso amor -Ele sorriu e sem resistir, me aproximei o beijando
-Pode ser -Murmurei por entre seus lábios
-Vamos ficar com a casa? -Ele perguntou, beijando meu pescoço
-Você decide
-Você gostou?
-Sim, eu gostei
-Então está decidido, vamos ficar com a casa -Ele voltou a me beijar
-Lu, nós temos que ir, estão todos nos esperando, será que a lua de mel não foi suficiente pra você? -Zombei dele
-Nem mesmo todo o tempo do mundo é o suficiente pra eu ficar com você -Ele disse, me beijando ternamente. Aproveitei que ele estava distraído e com a ajuda do meu pé, joguei água nele, que se assustou, enquanto eu me levantava e saia correndo dali. Luan sorriu, vindo atrás de mim:
-Isso não vai ficar assim, Lorena! -Ele gritou, vindo em minha direção
-Você não me pega! -Disse e neste mesmo instante, senti uma forte tontura. Perdi o controle do meu corpo e só não cai, porque Luan conseguiu me segurar antes disso
-Lorena? O que foi? O que está sentindo?
-Eu não sei, eu fiquei tonta de repente -Disse sentindo uma forte dor de cabeça- Minha cabeça dói -Disse chorosa, a dor era insuportável, nunca havia me sentido tão mal antes
-Calma, senta aqui -Ele me ajudou a sentar em umas cadeiras que haviam no jardim, sacando o celular de seu bolso  e discando o número de alguém- Henrique? Aqui é o Luan, é a Lorena, ela está se sentindo mal... É a cabeça, ela disse que está doendo, preciso que você venha até nós, estamos três quadras abaixo da casa dos meus pais, você vai encontrar o meu carro parado na rua, vem logo! -Ele disse, finalizando a ligação e se ajoelhando ao meu lado, me olhando atentamente- Calma amor, vai ficar tudo bem, o Henrique já está vindo
-Luan, eu não me sinto bem... -Neste instante tudo se apagou e eu só me lembro de ouvir Luan me chamando, sua voz parecia distante
-Acorda Lorena! Acorda! 








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RECADINHO
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Boa noite negas! Como prometido, aqui está o capítulo de hoje! E ai, gostaram? Meio tenso né? O que será que aconteceu com a Lorena? Será que ela vai ficar bem? E essa conversa fofa que eles tiveram antes de tudo acontecer? Será que ambos já adivinhavam que algo ruim estava perto de acontecer? Comentem muiiiito negas! Que em breve tem mais! bjsss, Naty ;)

PRÓXIMO CAPÍTULO: QUARTA-FEIRA (25/08)

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Capítulo 41 (Luan)

Depois do nosso casamento, Lorena e eu decidimos que não iriamos passar a nossa lua de mel em um só lugar, mas em vários. Optamos por fazer uma tour pela Europa. Primeiro, claro, visitamos a Espanha, já que a Lorena havia vivido em Madri por anos! E conhecia aquele país como as palmas de suas mãos. Depois de passarmos dois dias em Madri, fomos para Lisboa e Porto, em Portugal, Veneza, na Itália, Paris, na França, Berlim, na Alemanha e nossa última parada seria em Amsterdã, na Holanda.
Havíamos chegado em Amsterdã de madrugada e assim que chegamos ao hotel, eu cai na cama como uma pedra. Acordei aos poucos, sentindo alguém mexendo em meus cabelos. Abri os olhos lentamente e vi Lorena, que olhava para mim com um sorriso enorme no rosto:
-Que horas são? -Balbuciei
-Hora de você me levar pra conhecer a cidade -Ela sorriu se aproximando e beijando meus lábios- Bom dia pra você também -Ela me encarou divertida
-Desculpe amor, bom dia
-Esta desculpado, agora vamos? Não quero perder nada dessa cidade! -Ela disse saindo da cama e indo em direção ao guarda-roupas. Fiquei a observando se trocar, ainda sem acreditar que havia me casado com uma pessoa tão maravilhosa como ela:
-O que foi? -Ela disse ao perceber que eu olhava para ela
-Nada -Disse me levantando e indo até ela- Só estava pensando que, a cada dia que passa, eu me sinto mais apaixonado por você -Acariciei seu rosto e juntando seu corpo ao meu, a beijei com todas as forças
-Isso, que sentimos um pelo outro, vai durar pra sempre? -Ela perguntou tristonha, e na hora eu não entendi o verdadeiro significado daquela pergunta
-Como assim? Você sabe que eu sempre vou te amar -Levantei seu rosto, a forçando a olhar para mim
Não, não é nada, foi uma pergunta boba -Ela forçou um sorriso, se aproximando lentamente para me beijar- Se arruma, porque se não vermos um pedacinho que for dessa cidade, vou jogar a culpa em você
-Credo! Depois que nos casamos você ficou ainda mais mandona, como isso é possível? -Brinquei
-Vai logo, Luan! -Ela jogou uma toalha em mim. Depois de tomar um banho e me vestir, saímos pelas ruas de Amsterdã. Era uma cidade linda e o fato de quase ninguém ali me conhecer permitia que nós dois pudéssemos andar tranquilos pelas ruas, como qualquer pessoa normal. Á alguns metros do nosso hotel havia um cafeteria, paramos lá para comer e beber alguma coisa, já que não havíamos tomado café da manhã. Por ter morado muito tempo em Madri, além de o Espanhol, Lorena era fluente também na língua Inglesa e como na Holanda, o Inglês era quase como uma segunda língua, não estávamos tendo dificuldade alguma para nos comunicarmos. Depois de pedirmos dois cafés, nos sentamos do lado de fora da loja, em algumas mesas que foram colocadas na calçada.
Em frente a loja, havia um belo canal, como vários que estavam espalhados pela cidade, notei que Lorena não conseguia tirar os olhos de lá:



-E então, vai me contar no que você está pensando ou eu vou ter que adivinhar? -Disse olhando para ela
-Não é nada Lu -Ela disse apertando o copo entre suas mãos- Só que estar aqui, em Amsterdã, me faz sentir um pouco,,. irônica
-Irônica? Por quê?
-Você já leu aquele livro, A culpa é das Estrelas?
-Não Lorena, por favor, não me diga que você andou lendo um livro que fala de câncer -Disse chateado
-Sim, eu li -Ela disse sem dar importância ao que eu achava- Porque apesar da minha doença, eu quero acreditar que eu posso ser feliz e ter uma vida normal com ela e, depois que eu li aquele livro, eu me toquei de que você era o meu Augustus, quer dizer, você é a única pessoa que consegue me fazer feliz e olha só, nós dois também estamos aqui em Amsterdã -Ela sorriu
-Espera, quer dizer que você está me comparando com o adolescente do livro que você leu? -Me fiz de ofendido e ela riu. Era tão bom ouvir ela sorrir.
-Acho que sim -Ela disse me provocando
-Garanto que eu sou muito melhor que ele, em todos os sentidos -A olhei e ela colocou língua para mim
-Você é um convencido, Luan!
-Bom, agora quem não quer mais jogar conversa fora sou eu, como você disse, ainda temos muitos lugares para ver, vamos? -Me levantei, estendendo minha mão para ela.
Caminhamos até o centro, onde visitamos o museu mais famoso da cidade, o Rijks museum:


Lorena amava história, tudo que havia resistido ao tempo a fascinava: Pinturas, objetos, esculturas... tudo! Eu também gostava muito de tudo isso, mas confesso que ela me fazia observar tudo com outros os olhos, era como se eu entrasse naquele mundo com ela.
Depois que saímos do museu, procuramos um restaurante para almoçarmos. Apesar de ter colocado comida no prato, percebi que Lorena não parecia com muito apetite. Estava cada vez mais magra e isso me preocupava. Henrique havia comentado que a cirurgia seria feita assim que retornássemos ao Brasil e admito que pensar nisso vinha me tirando o sono. Eu amava a Lorena e pensar na possibilidade de perdê-la, por menor que fosse, me deixava louco.
Depois do almoço, perguntei se ela queria voltar para o hotel para descansar, ela parecia abatida, mas ela disse que não, que queria andar mais pela cidade. Não a questionei. Conhecemos as principais praças, monumentos... vimos tudo o que tínhamos direito. Caminhando pelos arredores da cidade, vi que Lorena ficou extasiada quando nos deparamos com uma plantação de Tulipas de todas as cores e logo a frente, havia vários moinhos, tão antigos, que provavelmente deveriam ser da época de Dom Quixote:


-Uau! Isso é tão, tão, lindo! -Ela disse fascinada
-Não mais lindo que você -Disse e ela balançou a cabeça sorrindo. Caminhei em direção as tulipas e apanhei uma, a entregando a Lorena- Pra você, só uma não vai fazer falta a eles
-Você é impossível -Ela disse, aproximando seu nariz da flor e sentindo seu perfume
-Lorena, porque você me fez aquela pergunta mais cedo? -Disse me referindo ao fato de ela ter dito que, se o que tínhamos, duraria para sempre
-Eu já disse, não foi nada
-Pense o que quiser, mas os seus esforços para se proteger de mim serão inúteis! -Disse e ela me olhou completamente surpresa
-Espera, isso que você acabou de dizer, é uma citação do livro A Culpa é das Estrelas, eu pensei que...
-Que eu não tivesse lido? -A encarava- É, eu li, pouco tempo depois que você me contou que estava doente e, pelo que você me disse mais cedo, eu sei que está com medo, eu também estou Lorena! Acha mesmo que eu quero correr o risco de te perder? Eu enlouqueceria sem você ao meu lado! 
-Não diga isso, Luan -Ela se aproximou segurando minha mão- Eu estou com medo, não vou mentir, sei muito bem que o que tenho é grave e que... -Ela não ousou dizer- Mas também acha que eu vou abrir mão de tudo o que tenho com você? Do nosso amor? Eu te juro, eu vou lutar por nós dois até o fim! -As lágrimas já corriam pelo meu rosto, quando eu a abracei com força, desejando que aquele momento nunca acabasse- O problema da dor é esse, ela precisa ser sentida -Quando Lorena, pronunciou aquelas palavras, eu desabei. Juro que estava tentando ser forte, ser forte por ela, mas imaginar as possibilidades me destruía. Chorei nos ombros de Lorena por algum tempo, até que ela se afastou, me olhando bem nos olhos- Ei, não chora -Ela enxugou minhas lágrimas com seus dedos- Eu sei que a situação não é nada boa -Ela sorriu, como ela poderia sorrir em um momento como aquele?- Mas, quero que saiba, antes de qualquer coisa, que, você foi a melhor coisa que já me aconteceu, não importa quanto tempo dure, desde que eu esteja com você. A vida não precisa ser perfeita para ter um amor extraordinário, ok? -Ela sorriu, fazendo mais uma citação. Naquele momento, não resisti e sorri também, entrando na brincadeira com ela:
-Ok.
Já era noite quando chegamos ao hotel. Lorena não queria jantar, mas mesmo assim a forcei e, depois de muito insistir, consegui fazer com que ela me obedecesse.
 Assim que adentramos ao quarto, ela se dirigiu ao banheiro para tomar um banho. Me sentei na cama, tirando meus sapatos e a jaqueta. Me levantei, caminhando até a mesinha de centro, pegando meu celular, escolhendo algumas músicas e as separando em uma play list. Coloquei no último volume e escolhi um vinho que estava na adega, me servindo de uma taça. Me sentei em uma poltrona e fiquei alheio ao mundo, a música que tocava agora era Love me like tou do, da Ellie Goulding:

(Cover: Tanner Patrick)

Nesse mesmo instante, Lorena saiu do banheiro, vestida em sua camisola branca de seda. Bebi de uma só vez o conteúdo da taça, a deixando sobre a mesa e caminhando na direção de Lorena, que havia parado para me observar. Dois passos, apenas, nos separavam. Meus olhos entregavam todo o amor e todo o desejo que eu sentia pela Lorena naquele instante, eu queria tomá-la em meus braços, mas por algum motivo, não fiz isso, apenas fiquei parado a olhando:
-Não gostou? -Lorena sorriu, apontando para sua camisola
-Não, não, você está linda -Disse hipnotizado por sua beleza
-Então porquê não me toca? -Lorena se aproximou, tocando meu peito e deslizando suas mãos suavemente por meu abdômen, desabotoando lentamente os botões da minha camisa, em uma doce tortura. Segurei sua mão, a impedindo que continuasse com aquilo e a puxei para mim, colocando seu corpo junto ao meu,  eu a beijei, completamente excitado. Minhas mãos se moviam por todo seu corpo e quando eu desci uma das alças da sua camisola, eu interrompi nosso beijo:
-O que foi, Lu? -Lorena perguntou sem intender
-Não podemos, quer dizer, você está fraca Lorena, eu não quero te machucar...
-Não seja tolo, Luan -Ela tirou minha camisa, a jogando pelo chão- Quero que fique comigo, quero que me ame! -Ela deslizou suas mãos por meus braços, apanhando minha mão e me levando para a cama. Depois que nos despimos, um com a ajuda do outro, entre vários beijos, segurei forte na mão de Lorena, a olhando ternamente nos olhos, enquanto fazíamos amor lentamente. Em certos momentos, percebia que ela sentia dores. Olhando para seu corpo, era possível ver os ossos de suas costelas e de seu quadril. Durante esse tempo juntos, eu tentei ser o mais carinhoso possível com ela, beijando cada parte do seu corpo, dizendo coisas lindas a ela. Depois de horas de amor, eu cai ao seu lado e a puxei para mim, a abraçando bem ao meu corpo:
-Tudo bem? -Perguntei ofegante, extremamente preocupado com ela
-Tudo bem, Lu, você foi ótimo -Ela dizia cansada, mas mesmo assim, não me senti satisfeito com aquela resposta- E não, você não machucou -Ela disse sorrindo, me olhando
-Não deveríamos ter feito...
-Por que não? É a nossa lua de mel -Ela beijou meu peito- Além disso, eu amo estar com você
-Eu também, mal vejo a hora de termos um cantinho só nosso- Disse
-Um cantinho?
-É, você não achou que fôssemos viver no seu apartamento, achou?
-O que tem de errado com meu apartamento? -Ela levantou uma sobrancelha para mim
-Nada, mas, eu andei olhando umas casas lá em Alphaville e gostei muito de uma, fica próxima a casa dos meus pais, mas longe o suficiente para termos a nossa privacidade
-E você só me conta isso agora? -Ela disse indignada
-Desculpe amor, queria que fosse surpresa
-Uma casa? Nossa? -Ela disse com um grande sorriso nos lábios
-É, com quintal e tudo, sabe, quero que nossos filhos tenham um lugar onde possam correr e brincar, quero que eles tenham uma infância como eu tive -Quando olhei para Lorena, percebi que ela ria de mim- O que foi?
-Você vai ser um ótimo pai, Luan, não importa se serão filhos meus ou de outra mulher
-Serão nossos, eu quero ter meus filhos, minha família com você, só com você -Me inclinei sobre ela, a beijando novamente- Só com você, Lorena -Murmurei, por entre seus lábios.







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RECADINHO
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Boa tarde negas! Como estão? Então, deveria ter postado ontem, mas estava tão sem ideias para esse capítulo que só consegui postar hoje! kkkkk Então, recebi o nome de várias cidades em que eles poderiam ter ido passar a lua de mel, mas resolvi que ficaria melhor se eles visitassem vários lugares, lógico que ficaria chato se eu fosse descrever como havia sido a viagem em cada um deles, então escolhi Amsterdã, que tem tudo haver com a história dos nossos dois lindinhos! kkk Gostaram?????
Awwwwwn, Luan vai comprar uma casa pra eles! E esse papo de filhos? Será que é muito cedo pra pensar nisso???? Comentem, comentem que logo, logo tem mais! bjsssssss, Nati!

PRÓXIMO CAPÍTULO: SÁBADO (22/08) 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Capítulo 40 (Lorena)

3 MESES DEPOIS...

Depois de três meses de espera, o grande dia finalmente havia chegado. Eu iria me casar com Luan. Mas não seria um casamento tradicional, a apenas alguns dias, havia ficado sabendo que a cerimônia seria ao ar livre, na chácara do Luan, em Londrina, no Paraná. Eu amei a ideia! Eu amava aquele lugar e amava ainda mais o fato de estarmos ao ar livre, compartilhando a beleza da natureza.
Além de nossa família, convidamos também os amigos mais próximos. Luan convidou amigos da música, como: Gusttavo Lima, Lucas Lucco, Zezé di Camargo e Luciano, Fernando e Sorocaba, entre muitos outros, além de o pessoal da sua equipe.
A cerimônia se realizaria ao pôr-do-sol e aos poucos os convidados iam chegando.
Estava distraída, olhando pela sacada do quarto a decoração, que não poderia estar mais exuberante:


-Oie -Luan disse ao entrar no quarto
-Lu? -Me virei para ele surpresa- O que faz aqui?
-É, eu sei que não deveria estar aqui e que vão me matar se souberem que eu burlei todas as regras, mas, eu precisava te ver
-Awn Lu, você é um amor! -Sorri, indo até ele e o abraçando- Agora vai, você sabe muito bem que não pode ver a noiva antes do casamento
-Na boa, que besteira! Eles não podem me impedir de te ver até a cerimônia
-Vai Lu, vai ser um desastre se a Manu te pegar aqui
-Tudo bem, eu vou, mas antes... -Luan se aproximou lentamente, me dando um beijo apaixonado e calmo, até Manuela de repente abrir a porta e nos pegar no flagra:


-Ai meu Deus! -Ela exclamou enfurecida- Lorena? 
-Há, oie Manu -Disse extremamente sem jeito, olhando de lado para Luan, que apenas a encarava sério
-E você Luan, o que está fazendo aqui? -Ela cruzou os braços olhando para ele- Sabe muito bem que não pode ver a noiva até o casamento
-Eu sei, desculpe, eu já estava indo -Ele deu de ombros sorrindo para mim- Te vejo no altar -Ele beijou uma de minhas mãos, saindo do quarto logo em seguida
-Lorena! -Manu me olhou brava, enquanto fechava a porta
-Me desculpe, mas ele entrou aqui! O que eu poderia fazer?
-E se você já estivesse com o vestido? Sabe que da o maior azar o noivo ver a noiva vestida antes do casamento!
-Isso é bobagem! -Ri me sentando na beirada da cama
-Não vamos arriscar, certo? -Ela piscou, se sentando ao meu lado- Sabe, você não faz ideia do quanto estou feliz por você nesse momento
-Eu sei Manu, nem acredito que Luan e eu finalmente vamos nos casar, parecia algo tão distante pra mim...
-Ele te ama, você sabe
-Eu sei, eu também o amo muito 
-Aiiin amiga, me abraça! -Manuela me apertou com força- Casamentos sempre acabam comigo -Ela dizia chorosa. Ainda nos abraçávamos quando, Bruna, Dona Marizete, Minha avó Ester e Susi passaram pela porta:
-Há, vocês estão ai! -Dona Marizete disse animada
-Hora de se preparar para o seu casamento querida -Minha avó Ester dizia, parecia emocionada 
-Claro, vamos sim -Sorri olhando para elas. 
O primeiro passo foi o vestido. Como tudo naquela festa, ele também era lindo! Era tomara que caia e, como eu havia perdido ainda mais peso nestes três meses, achamos melhor que o vestido fosse bem rodado, já que dessa forma ele me deixaria um pouquinho mais "cheinha":


A maquiagem foi feita por Bruna, que conseguiu me deixar glamourosa! Me sentia em um conto de fadas! Apesar de não poder ter feito um penteado, como qualquer outra noiva faria, eu também dispensei o lenço, estava na hora de assumir quem eu realmente era e, quando coloquei o véu, que se prendia a minha cabeça com a ajuda de um teara, que mais parecia uma coroa, pela primeira vez em muito tempo eu me senti bem comigo mesma:
-Vou descer e falar para todos já irem se organizando -Manuela disse 
-Espera, nós vamos com você -Bruna, Marizete e minha avó Ester saíram do quarto, me deixando a sós com Susi
-Quem diria, minha garotinha vai se casar -Ela dizia contente e ao mesmo tempo emocionada- Não pensei que esse dia fosse chegar tão rápido
-Nem eu, mas, depois que o Luan apareceu na minha vida, todos os meus planos mudaram
-Há Lorena, me promete que nunca vai me deixar? -Ela dizia deixando algumas lágrimas escaparem
-Mas o quê? É claro que não Susi, eu nunca vou te deixar! -A abracei- Sim, eu estou me casando com o Luan e agora irei ter a minha própria vida ao lado dele, mas eu nunca vou te deixar, agora, para de chorar, não vai querer borrar a maquiagem -Sorri a observando
-Você tem razão -Ele disse secando suas lágrimas
-Já esta tudo pronto! Vamos Lorena? -Bruna me chamou
-Vamos -Disse. 
Depois de descer as escadas que davam a sala, encontrei apenas meu avô, Olavo, ali. Todos os outros convidados já haviam ido para seus devidos lugares:
-Minha nossa! Como você está linda minha neta! -Ele disse animado, me dando um beijo no rosto. Confesso que ás vezes ele era muito ranzinza, mas atualmente, ele andava muito dócil, até o casamento dele e da minha avó Ester havia melhorado e, isso só me deixava ainda mais feliz:
-Obrigada pai -Ele me olhou desconfiado- O que foi? Para mim o senhor sempre será o meu pai -Sorri
-Bem, nós já vamos indo para nossos lugares, quando o Luan começar a cantar vocês entram -Assenti com a cabeça, enquanto elas iam para seus lugares. Tomei o braço de meu avô e assim que ouvimos Luan começar a cantar, saímos de dentro da casa. Teríamos que caminhar alguns metros até chegarmos ao altar, parecia que meu coração ia sair pela boca, enquanto eu ouvia Luan cantar lindamente Te Vivo:



Assim que me viu, seu olhar não se desgrudou mais do meu,e a esta altura todos os olhares já haviam se voltado para mim, mas, em minha cabeça, só parecia haver Luan e eu ali e, meu Deus!Como ele estava maravilhoso naquele terno, minha vontade era de sair correndo e me jogar de uma vez em seus braços:


Chegamos ao altar no mesmo instante em que a música acabou. Luan veio até mim e meu avô entregou minha mão a ele:
-Cuide bem da minha garotinha -Ele disse
-Eu prometo senhor Olavo -Luan disse em um sorriso, me levando para o altar. O padre leu os votos matrimoniais, enquanto nós ouvíamos a tudo atentamente. Até ele chegar ao ponto forte da cerimônia:
-Lorena Montillo, você aceita Luan Rafael como seu legítimo esposo? Para ama-lo e respeitá-lo na saúde e na doença, até que a morte os separem?
-Aceito
-Luan Rafael, você aceita Lorena Montillo como sua legítima esposa? Para ama-la e respeitá-la na saúde e na doença, até que a morte os separem?
-Aceito -Luan respondeu olhando para mim, depois de trocarmos as alianças, o padre disse suas últimas palavras:
-Então, pelos poderes a mim concedidos, eu os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva Luan
-Com muito prazer -Ele brincou, me recebendo com um beijo casto, enquanto todos os convidados aplaudiam- Eu te amo -Ele sussurrou
-Também te amo -Depois que descemos do altar, chuvas de arroz nos atingiram e todos vieram nos parabenizar, desejando que fôssemos muito felizes. Havíamos preparado um espaço para a festa, onde havia muita música, bebida, comida e claro, não vamos nos esquecer do bolo, tiramos várias fotos durante a festa e todos os convidados pareciam estar se divertindo bastante ali:
-Olha só para a Bruna, ela parece muito feliz com o Henrique -Apontei para eles, que dançavam animados na pista. Luan e eu também dançávamos, curtindo aqueles primeiros momentos como um casal 
-Parece mesmo, estou feliz por ela -De repente, a música saiu de balada para uma mais romântica, agora a música que estava tocando era "Love me you like do" da Ellie Goulding
-Eu adoro essa música -Sussurrei para Luan, que colocou sua mão envolta da minha cintura, me puxando mais para perto dele
-Gosta? Então eu gosto também -Ele disse sorrindo, me conduzindo lindamente pelo salão
-Como você consegue? -Perguntei
-O quê? -Ele disse sem entender 
-Ser tão perfeito? -Minha pergunta o fez sorrir
-Eu não sou perfeito Lorena, ninguém é, mas você me fez ser uma pessoa melhor, e muito!
-Isso não é verdade! -Protestei
-Há, é sim -Ele parou de dançar, prendendo seu corpo bem ao meu e me beijando
-Uai Luan, isso não vale! Tem que esperar a lua de mel! -Lucas Lucco gritava de uma mesa próxima
-Escolha um ótimo lugar Lorena, porque depois de algum tempo, as coisas vão mudar! -Quem falava agora era Sorocaba, que não perdia a chance de pegar no pé do amigo
-Vão se ferrar! -Luan gritou para eles- Vem comigo? -Apenas assenti com a cabeça, enquanto Luan me tirava da multidão, me levando para perto do rio que havia ali na chácara. A Lua estava alta no céu, deixando a noite mais clara:
-O que queria me mostrar? -Antes que pudesse terminar de fazer a pergunta, Luan se virou me beijando. Pude sentir o desejo em seus lábios e a felicidade estampada em seu sorriso assim que ele olhou para mim
-Nada, só inventei um pretexto pra te trazer pra cá
-Pensei que a nossa lua de mel seria em Paris -Disse brincando e olhando ao redor do ambiente em que estávamos, ele riu
-Aqui? Não, não deve ser nada confortável -Ele riu safado- Aliás, eu sei o quanto isso é especial para vocês mulheres, eu não seria tão cruel assim
-Bom saber -Sorri. Ele se sentou no chão e me puxando pela mão, fez com que eu me sentasse em seu colo, apoiada em seu peito
-Acho que ela nos persegue -Luan disse
-Quem?
-A Lua -No mesmo instante, olhei para o céu
-Ela é nossa guardiã, se lembra? Para onde você acha que eu olho quando você sai?
-Sério? Eu pensei que só eu fizesse ele -Ele riu
-Foi o nosso combinado
-Eu sei, mas, me diga, onde você quer passar a nossa lua de mel?
-Estando com você qualquer lugar está bom -Disse
-Qualquer lugar mesmo? -Ele brincou, passando a mão pela grama
-Luan! -O repreendi
-Sério, onde você quer ir?
-Eu não sei...
-Que tal na Europa? Nós poderíamos ir pra Espanha ou talvez Portugal, tem também aqueles lugares incríveis com aquelas praias lindas... -Enquanto ele falava, comecei a rir do nada- O que foi que eu disse de tão engraçado?
-Nada, só que você não sabe o quanto fica fofo fazendo planos
-Agora somos só eu e você, eu tenho que fazer planos, quero te fazer muito feliz, Lorena -Sorri, tocando seu rosto e o beijando deliberadamente
-Se continuar fazendo isso, nossa lua de mel vai ter que ser adiantada -Ele murmurava por entre meus beijos
-Que ela se adiante então -Sorri, sem parar de beijá-lo. Naquela noite, depois da festa, quando todos se preparavam para dormir, minha noite e a de Luan estava apenas começando. 








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RECADINHO
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Eeeeeeee nossos pombinhos se casaram! E ai, oq vcs acharam da cerimônia? Linda né? Tá na cara que esses dois vão ser felizes demais! O que será que vai acontecer agora????? Onde vcs querem que seja a lua de mel deles??? Quem escolhe são vocês! Portanto comentem muiiiito que logo tem mais!

PRÓXIMO CAPÍTULO: TERÇA FEIRA (18/08)

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Capítulo 39 (Lorena)

-Espera ai, quer dizer que eu fico fora de casa durante um mês e minha irmã começa a sair com o médico da minha mulher? -Luan dizia deitado no meu colo no sofá. Ele havia acabado de chegar de viajem
-Sim, mas vai por mim Luan, o Henrique é uma boa pessoa e a Bruna está gostando muito dele
-A quanto tempo eles estão saindo?
-Não sei, acho que a umas duas semanas. Aliás, ele vai estar no jantar de hoje na casa dos meus avós
-O quê? -Luan arqueou uma sobrancelha para mim- Quem o convidou?
-Eu! Seus pais e a Bruna também foram convidados Luan, como eu não o convidaria?
-Por que eles tem que crescer? -Luan se sentou no sofá, me olhando tristonho
-Sem melancolia, ok? -Dei um beijo no rosto dele
-Lembro quando a Bruna era apenas uma menininha... -Luan me olhou com atenção- Me promete que se nós tivermos uma filha, você vai deixar eu sabotar todos os namoros dela?
-Lu! -Ri ao pensar naquilo, mas parei, ao pensar naquela possibilidade- Uma menina?
-Não sei, sempre quis ser pai de uma menina, elas são doces e carinhosas e, se for parecida com você -Ele alisou meu rosto- Sei que ela vai me dar trabalho -Ele sorriu, se aproximando lentamente para me beijar. Quando nossos lábios se tocaram, senti toda a promessa de suas palavras
-Se é assim, espero que consiga realizar seu sonho algum dia
-Você é o meu sonho, Lorena -Ele riu, se aproximando para me beijar novamente.
Depois de algum tempo, namorando ali no sofá, fomos para o quarto, onde tomamos banho juntinhos e depois nos vestimos, para irmos ao jantar organizado por Susi. Optei por um vestido tomara que caia, de um rosa bem clarinho e um lenço de seda da mesma tonalidade, já Luan, vestiu jeans, uma camisa azul clara e coturno, mantendo o cabelo bem arrumadinho.
Do meu apartamento a casa dos meus pais, quer dizer, dos meus avós, não era tão longe e em mais ou menos meia hora chegamos lá. Luan estacionou o carro em frente a casa e desceu, abrindo a porta para mim:
-Hum, tão cavalheiro -Ri, pegando sua mão
-Por enquanto, espera quando a gente casar -Ele riu, me beijando profundamente- Mais tarde você vai ser só minha, ouviu? -Ele disse me olhando carinhosamente
-Eu ia dizer a mesma coisa -Sorri, o puxando pela mão e o levando até a porta. Toquei a campainha e quem veio nos receber foi a minha avó, Ester:
-Lorena! Como vai minha querida? -Ela me abraçou com força
-Muito bem -Sorri para ela, que olhou em aprovação
-E você Luan, como vai? -Ela também o envolveu em um abraço
-Estou muito bem dona Ester, obrigado por perguntar
-Por favor, vamos entrar, estávamos todos esperando vocês dois chegarem -Ela abriu a porta e percebi que todos já estavam reunidos na sala:
-Lo! Tudo bem minha filha? -Susi veio me abraçando
-Ha, oi, estou bem e você? -Vi que ela não gostou do fato de eu ter me referido a ela como "você", mas não disse nada, apenas me sorriu alegre
-E você Luan, tem cuidado bem da minha garotinha?
-Mas é claro, por ela dou a  minha vida -Ele brincou, me abraçando pela cintura
-Ha, não me façam chorar -Bruna disse brincando de onde estava, fazendo todos rirem. Cumprimentamos meu avô, Olavo, Dona Marizete e o senhor Amarildo e por último, Bruna e Henrique. Nos sentamos junto a eles e ficamos jogando conversa fora, como em uma boa família, sempre saia alguma zoação:
-Mas então, porque vocês demoraram tanto? -Bruna disse encarando a nós dois, sabia ao que ela estava se referindo
-Ha... Você mudou a cor do cabelo, não mudou? -Luan riu, tentando mudar de assunto
-Ao invés de vocês ficarem falando besteira ai, o que acham de irmos para a a cozinha? O Jantar já está servido -Minha avó Ester disse, chamando a atenção de todos. Nos levantamos, indo para a cozinha, nos sentamos todos a mesa e depois de nos servimos, quando já estávamos prestes a começar a comer, Luan bateu um talher na taça, avisando que queria fazer um comunicado importante:
-Antes de começarmos a apreciar este jantar maravilhoso -Ele começou- Gostaria de dizer algo muito importante -Ele segurou minha mão, olhando bem no fundo dos meus olhos- Eu não te contei, mas hoje mais cedo, assim que cheguei a São Paulo, eu fui a igreja e marquei a data do nosso casamento
-Você o quê? -A encarei completamente surpresa
-Desculpe, não te contei nada porque queria que fosse surpresa -Ele disse
-E foi! Obrigada Luan -Apertei sua mão- Mas, quando vai ser?
-Em três meses. Sabe, ainda da tempo de fugir -Ele disse brincando, fazendo todos na mesa rirem
-Em hipótese alguma eu fugiria de você -Disse, me aproximando para lhe dar um selinho, enquanto todos nos aplaudiam. O jantar foi ótimo! Todos nos olhavam em aprovação, dava para ver no olhar deles o quanto torciam por nós e admiravam o nosso amor.
Depois do jantar, voltamos para a sala de estar. Luan se sentou ao lado de Henrique e fiquei feliz ao perceber que os dois estavam se dando bem. Susi, dona Marizete e minha avó, Ester, conversavam em um canto, assim como seu Amarildo e meu avô, Olavo, todos estavam se dando muito bem. Estava distraída, observando aquela cena, quando Bruna me cutucou:
-Hum? -A olhei
-Eu queria conversar com você, em particular, será que podemos?
-Mas é claro, vamos lá para cima -A chamei. Saímos tão rápido, que acho que ninguém deve ter visto, subimos as escadas e a convidei para entrar no meu antigo quarto:
-Uau Lo, seu quarto é lindo -Ela disse
-Verdade, sinto saudades dele -Disse me sentando em minha cama, fazendo sinal para que ela se sentasse ao meu lado- Mas, o que você queria me dizer? -Ela se sentou ao meu lado em silêncio, e eu não apressei, sabia que se tratava de algo sério
-É sobre mim e o Henrique
-Algo errado? -Perguntei atenciosa
-Na verdade, acho que eu estou muito apaixonada por ele -Ela dizia brincando com os dedos
-Mesmo? Isso é ótimo Bruna!
-É, eu sei, só que eu estou com medo de dar o próximo passo, entende?
-Próximo passo? -Repeti, entendendo claramente o que ela queria dizer
-Sim, o Henrique é um homem feito e, eu sei que eu não posso enrolar ele por muito tempo, eu gosto muito dele, como jamais gostei de alguém antes e sinto que ele também gosta de mim, mas eu não sei se estou pronta para me entregar para ele. Você acha que ainda é cedo?
-O que você acha, Bruna? -Perguntei a ela
-Eu não sei, eu tenho algumas dúvidas em relação a isso, tenho medo dele se cansar logo de mim
-Se fosse por isso, eu e Luan nem estaríamos mais juntos -Disse sem pensar e Buna me encarou sapeca
-Foram tantas vezes assim? -Ela provocou rindo e eu juro que devo ter corado na mesma hora
-Não é a quantidade de vezes que você faz amor com alguém que importa, mas a quantidade de amor que esta envolvido em cada vez -Tentei explicar a ela- Eu amo o Luan e ele também me ama, se não existisse amor, nós provavelmente não estaríamos mais juntos, você entendeu? Eu sou péssima para explicar essas coisas -Dizia rindo- Garanto que a Manuela saberia explicar isso melhor a você
-Eu entendi -Ela riu- Obrigada Lorena, você foi ótima
-Por que não falou disso com a sua mãe?
-Não sei, acho que fiquei com um pouco de vergonha, pensei que você me entenderia melhor e acho que acertei. Ha e parabéns
-Pelo quê?
-Pelo seu casamento com o Luan, vou ficar feliz em ter você como cunhada e até mesmo como uma irmã mais velha -Ela sorriu
-Também foi ficar feliz em ter você como irmã, Bruna -Nos abraçamos- Agora vamos descer, antes que eles sintam a nossa falta -Quando descemos, todos ainda continuavam conversando. Nos sentamos e logo Henrique se levantou e convidou Bruna para fazer um passei pelo condomínio:
-O que vocês estavam fazendo? -Luan veio até mim
-Papo de mulher -Pisquei para eles- Vamos? Estou exausta
-Claro, vamos sim -Nos despedimos de todos e de mãos dadas fomos até o carro. De uma hora para a outra eu havia ficado completamente cansada e tudo o que mais queria no momento era a minha cama.
Assim que chegamos, Luan deixou o carro no estacionamento e subimos para o meu apartamento. A primeira coisa que eu consegui fazer foi me atirar na minha cama. Vi apenas quando Luan tirou sua camisa e seus sapatos e se deitou ao meu lado apenas de jeans:
-Desculpe Lu -Balbuciei para ele, quase fechando os olhos
-Tudo bem meu amor, descanse -Ele murmurou beijando meu rosto
-Três meses... -Disse em um sorriso fraco, estreitando meu olhar para ele
-Sim
-Prometo ser uma ótima esposa -Dizia quase pegando no sono, sentindo ele me acolher ao seu corpo
-Eu também prometo ser um ótimo marido, Lo
-Você é o melhor, Luan -Vi ele sorrir calmamente para mim, enquanto meus olhos ficavam mais pesados. Antes de pegar no sono, lembro de ter me sentido mais segura do que nunca. Ali, abraçada a ele, sabia que nada de ruim poderia me acontecer.









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RECADINHO
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Oieee negas! Demorei, mas postei! Mil perdões, era pra esse capítulo ter saído sábado, mas as aulas voltaram e a escola não está me dando um pingo de sossego! E como essa semana é de provas, não terei tempo para postar mais capítulos, então, peço que tenham paciência e aguardem até o fim de semana.
Espero que estejam gostando e perdões pelos erros ortográficos e pelas incoerências, não tive tempo de corrigir :x Se cuidem! 

PRÓXIMO CAPÍTULO: SÁBADO (15/08)